Não sei, como dizem pessoas,
se há uma alma,
ou espírito,
percebo uma centelha,
anima,
vontade ou desejo que move,
impulsiona
para algum ponto
que é necessário,
fundamental alcançar.
Para que Eu seja.
Talvez esse motor,
talvez isso que
empurra ou atrai
seja o que chamo
de consciência,
Estou ferido
no cerne,
no âmago,
no centro,
dessa minha consciência,
no Tempo agora,
no Espaço aqui,
e me perdi de mim.
Estou a deriva
e unicamente
penso,
sinto,
desejo
mergulhar no profundo Oceano
soltar meu corpo,
sentir a leveza
ouvir o silêncio
e ver no
Profundo Abismo,
Abissal
além do escuro,
a Luz.
E aí, finalmente EU.
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